Uma andurinha não faz verão; imagine esta então.


Esses dias atrás eu estava assistindo aos jogos de 1982, ano em que o Brasil tinha uma seleção fora do comum para a época e, infelizmente, o pior aconteceu. Caímos para a Itália, que diga-se de passagem tinha um timaço. Tenho saudade desta época mesmo que eu não tenha vivido bem de perto, pois tenho apenas 23 anos da idade. Toda vez que vejo um jogo de 1994, por exemplo, escorrem lágrimas do meu olho, sabe por quê? Porque o homem - jogador - presava pelo jogo coletivo; vertical; pra frente, cujo intuito é buscar a vitória sobretudo unidos. 

Acompanhando a Copa de 2002 e, posteriormente, a de 2006 tive a sensação de que, respectivamente, deveríamos, enfim ser campeões; e que, havia um time, com características distintas, e que o indivualismo começou a aparecer. O jogo já era bem tramado, mas o placar sofrido começou a aparecer. Um time que ataca mas não sabe se defender é um time covarde. Um time que só defende, é também, um time covarde. E é o que acontece nas competições posteriores a de 2006 - época em que talvez poderíamos ter ganho com a jabulane nos pés de Roberto Carlos e, quem sabe, 1998 tenha sido nosso caso Marcelinho Carioca tivesse sido convocado. 

Fico triste agora por termos um exército de um homem só, num dificil exercício de viver em paz. Quem veste a dez tende a saber sua história e esta não vai ser manchada por um jogador mesquinho, polêmico dentro e fora dos gramados, que só colocou os pés no chão depois dos vinte e oito anos de idade.Ostentar pode, e deve. É direito, mas faça talvez igual Romário em 1997 - beba, vá ao treino; de fato treine e marque gols. Sim, o futebol é diferente, mas depender de um homem, atualmente, é digno de um 7 a 1. 

Zagallo; Parrera; Dunga e Felipão - têm seu histórico e claro, deixaram legados diferentes. Começava ali a retranca. Será que eles estavam querendo copiar desde então o futebol europeu com ênfase na Itália? Creio que se fosse, o toque de bola em excesso seria melhor, modificado e mais compacto. Poderia até ganhar de um a zero, mas teríamos gosto de vê-los jogando. Agora, depender de um jogador sendo a maior campeã em seleções (cinco no total) é vexatório. Vejo Alemanha e Itália encostando, então, qual será a desculpa dos demais técnicos que virão? 

2010 não dá muita saudade, não. 2014 muito menos - confesso que torci contra a partir de 2010. Se não modificarmos nosso estilo de jogo para surpreendermos o adversário, as seleções europeis irão nos passar facilmente levantando o caneco. Pode ter certeza. 


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