O episódio não veio a 'Calhau'


Ontem ficamos indignados com o ato de assédio promovido pelo mascote do Atlético. O Galo Doido deu uma rodadinha como sendo ‘objetificada’  em pleno Estádio Mineirão, quando todo o elenco atleticano da categoria feminina foi apresentada no Gigante, juntamente à torcida (cerca de 14 mil pessoas). O que está em voga é o ato desrespeitoso acerca da atleta Vitória Calhau para com o Galo que por si só, tem apelido de ‘Doido’. Se nem a vitória não veio a Calhar, a Calhau, então...

Condenada por muitos na rede social, o Galo Doido assediou a zagueira atleticana que deu riso desconcertante após o ato. Eu não ouvi, pois não estava no estádio, mas também, além deste episódio houve gritos machistas situados talvez às meninas (ou às meninas da auto-truck?) pela Torcida Organizada Galoucura.

O teatro que tomou conta, entretanto, foi completamente errôneo. Porém, não se esqueça: estavam lá presentes aqueles que iam para uma nova recepção de Diego Tardelli, o artilheiro, pela sua terceira passagem. Irônico, não? Uma festividade que deveria ser aplaudida de pé levantou protesto sobre as bandeiras da resistência.

Nada ontem valeu: os bandeirões; os cânticos; a festa; o futebol. Nada. Foi tudo deplorável, coisa que não veio a calhar de forma alguma. No entanto, de toda forma, toda forma de poder é uma forma de morrer por nada – já dizia engenheiros do Hawaii.

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