Pátria Mãe
Saudações,
Venho
por meio deste meio dar adeus a um
povo cuja miscigenação já não importa mais; que os direitos humanos são
desumanos e a inversão de valores escancarada. Pedir-lhe paz já não é o
bastante para quem frequenta as aulas de tiro ou puxa o gatilho sem nem pensar
duas vezes. Assim, mudarei de país. Posso colocar hipótese de que há esperança
lá fora, batendo na porta agora, pedindo-me para eu ir.
Há
muito já vejo como subalterno aquele que não são menos ricos; aqueles que são
menos cultos sim. Não há mais como comparar – se é que algum dia pude comparar
– meu país a uma atrocidade tamanha como esconder o rosto no Japão; ter o
preparo dos Estados Unidos e a reivindicação imposta na França e no Reino
Unido, além da própria pregação armamentista da Rússia.
Fosse
como fosse, eu me sujei. Sujei tudo. Porque eu não passo de uma máscara mal
falada pelo exterior. Brasil, burrice ou
mediocridade. É isto que pensam de nós. E você acha que eu tenho a coragem
de virar para a América para os Americanos, em Orlando e falar, como tal
patriotismo que não hei de ter a seguinte frase: I’m Brazilian, motherfcuker.! This is Braszil!
Não. Não como pensam. Eu tenho vergonha
todos os dias de sair na rua estufando o peito, falando de pátria, embora no
hino seja linda a palavra. Pátria.
É o que me falta.
Assinado,
Pátria Mãe.
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