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Mostrando postagens de abril, 2018

Deleite

Deleite. Entre o lençol e a cama Entre o sofá e o chuveiro  Entre mãos e abraços  Entre a roupa e o nudismo Entre a dor e o prazer  Entre a utopia e o dilema  Entre a fome e a vontade  Entre o amor e o desejo Entre o carro e o quarto  Entre o sofrimento e a felicidade  Entre o ofego e o cansaço A vida. O mistério. O outro.

Capitalismo

Temos o que queremos Temos o que podemos ter  Temos sempre o que não queremos Temos sempre o que não podemos ter Somos quem não podemos ser Querendo ser O que não quer na verdade ser  É o capitalismo. Somos roupas que não podemos comprar Celulares que não podemos querer Somos quem queremos ser. Uma blusa cara. Um aparelho. Um short. Temos sempre quem queremos E o que na verdade queremos? E o que na verdade temos? A resposta: Não temos nada. Nada é válido. É tudo platônico. E somos quem não podemos ser.

Brasil­-O Conceito.

Brasil­-O Conceito. "Eu te conheço muito bem e não quero mudar Minha intenção não é essa, onde estou posso ficar. Eu não tenho perspectivas de sair do lugar Com minha alienação ainda sou obrigado a votar. É de direito. Não,mentira capitão, esquerda Sua vontade de arrancá­lo, prendê­lo a coleira. Somos escravos, só você não vê Da televisão eu vejo tudo, sua mente a me entreter. Se destrua com a sua alienação Pois meu modo de cultura gera sua destruição. Dos noticiários e rádios Todos quase manipulados Prefiro livro e papel Onde possa fazer Das palavras o céu. De nada adianta viver meu dia vai chegar. Se as mentes ainda não abolidas viverem Com a tamanha falcatrua que ainda está. Da merda da imprensa soltada e sentada à mesa Meu dia já chegou. Em 90 era diferente; ele saiu Agora todos querem o mesmo Nos anos 2000. Sossego, paz, Amor, pátria?! Não sei. Avançamos bem lá atrás A dignidade de viver. E com tudo que "ontem" construímos Hoje dá vontade de morrer; Só sei que a pre

Real Caeté

Relação de confiança: América abre portas para jogadores do Real Caeté. Clube Caeteense disputa fase eliminatória da Copa Dadazinho. Não é a primeira e nem a última, aliás, sempre aconteceu isso. O Real Caeté sempre foi um time com tradição de revelações em seus jogadores para o América. Não foi tão diferente no caso Leandro Almeida, ex-Atlético, com passagem pelo Curitiba. O tradicional clube caeteense detém uma aliança forte com a equipe alviverde do Coelhão. Destaque em especial, para os meninos que foram fazer teste vide este pequeno Campeonato que tem o intuito de revelar grandes peças para nosso grande futebol. Caeté provém de quarenta e nove mil habitantes aproximadamente e é uma cidade que não visa a cultura local, no entanto já foi conhecida como uma cidade de bons atletas e é bom isto estar acontecendo em prol da comunidade local. Destaques: Eu destaco aqui os nomes dados pelo técnico Gamarra, que foram fazer teste avaliativo. São eles: Gustavo Melo, João Cláudio, Sálvio J

Astronauta

Astronauta: Eu vagueio pelo mundo Nos escuros sombrios do meu ser Eu vagueio pelo meu mundo Sem fugir de mim, Sem saber... Eu descubro as estrelas Elas caem do céu eu as vejo refletir Na gravidade da Lua O corpo do meu eu. Na solidão constante Faço­me astronauta Onde vou onde ninguém vai Passo por onde não se pode passar. Eu vagueio pelo universo Encontro o Sol na escuridão Acendo uma chama... Eu viajei no Universo Encontrei grandes curiosidades De "Libertas Quae Sera Tamen" Um novo eu Um novo ser. Gabriel Francisco.

O Antropólogo

O Antropólogo: Era o som das rajadas de vento Que os olhos dele admiravam As cascas de maçã em suas mãos E o suco de caixinha à beira dos lábios Ele havia obedecido ao tempo Nos dias de calor todos o agonizavam São como os pedaços de comida deixados em vãos E sua ação falada por todos por todos eram comentados Deus do céu, não aguentarei isso Estou sendo julgado por todos os lados O quão impreciso sou para viver aqui Sendo este somente o meu único lugar? Ele havia ido pescar; e havia lixo E todos suprimentos gastos por todos; encubados Ah, deixe isso de lado. Não vou me interessar. Pensou dessa maneira. E tudo acumulou­se A vara e o anzol ponderaram sobre a água E havia mais entulhos de surpresa O desinteresse virou­se contra si E sua surpresa ele teve. Ao redor, arranha­céus E onde estão as árvores Que também arranhavam os céus? As chuvas vieram, e levaram consigo Em tudo mais, o mau cheiro Do Esgoto, do lixão. O antropólogo; a sua ação Ele percebeu, coitado. Era tarde demais. O antro

África

África Olhe para o mundo e veja: O quão difícil é sua vida? Olhe para os outros e veja: O que acontece ao seu redor? Olhe para dentro de si e pense: “Será que eu preciso de tudo isso?” Olhe para os outros e diga: “Eles precisam mais do que eu” Olhe no fundo dos olhos dos demais Eles clamam por solidariedade. Olhe aquele singelo rosto Uma lágrima escorre do seu olho Olhe para o dinheiro e diga: “Eu não sou se escravo” Olhe para quem precisa e diga: Eu olhe ajudarei para sempre” O l h e p a r a a q u e l e p o b r e m e n i n o , p​o b r e m e n i n o : O​l h e o q u a n t o e l e e s t á s o f r e n d o Olhe para aquele continente. Ele ainda sofre e você o despreza Olhe para aquela criança que sorri: Na verdade, ela tem vontade de chorar Olhe para aquele país e diga: “Eu sei que posso te ajudar”

Rede

Rede: O que você é? À quem você serve? O que você é? À quem você presta? Sobre o que você é? Sobre o que você quer? De qual algoritmo você sabe? Em qual código você se encaixa? Você é zero ou um? Você é neutro ou visível? Afinal, você existe? Você se opõe as regras? Ou você apenas as cumpre? Você é alguém no mundo? Ou o mundo não é nada para você? Você é Java ou C? Que tal... .... PHP ou Script? Sabe quem eu sou? A Rede.

Teoria

Ninguém sabia ao certo o quanto doía assisti­la ali, trancafiada em um quarto. Não era bem um quarto, na verdade, era uma caverna, pois subterrânea era. Não posso descrevê­la como hostil. É muito ofensivo. Que tal..horrenda? Seria mais utilizável colocá­la dessa maneira. As únicas coisas que ali haviam era uma mesa cirúrgica típica daquelas UTIs ou CTIs não sei ao certo qual termo utilizá­lo, já que em termo, pode, neste caso, ser utilizado qualquer um dos dois. Não faria diferença. Ela tentava gritar. Sem sucesso. As amarras nas mãos eram fortes o suficiente. Não conseguia, de qualquer jeito, libertar­se, caso tentasse. Titânio? Improvável de se soltar. Os respectivos instrumentos de corte — e quando digo corte, não estou me referindo a certos instrumentos como bisturi ou algo assim— estavam expostos ao lado esquerdo de uma mesinha simplória, de madeira em tons rústicos. Os instrumentos eram espátulas e serras, tesouras, pinça para retirar alguma parte que deve ser mais detalhada ou e

Oh-mãe- e - agora?

Os seios já suados batiam contra a parede e seu parceiro a agarrava por trás, deixando­a extasiada. Era noite e estava com uma leve chuva mas com uma brisa tão fria no Rio Grande do Sul que embora tradicional estava, naquele momento, sendo ocasional. Não empedia, porém, o calor daqueles dois, que de olhos em olhos, completamente nús e em sintonia corpo a corpo semagnetizavam ​diante de ambos. — Não, meu amor, assim não — dizia ela. Ela, em baixo tom, dava pequenos gritos; alguns de dor, outros de prazer... E quando o fogo cessara, enrolados ao lençol e dormindo, o sorriso ainda — ainda — estava no rosto daqueles dois. Dia seguinte, ao acordarem e comer a refeição posta à mesa, ainda felizes pelo dia anterior, beijando­se e agarrando­se, se despediram; contudo mantinham contatos. — Vou embora, dizia ele —, volto em breve — e deu­lhe um beijo de língua. — Tudo bem — ela assentiu, sorrindo. Os meses foram se passando e embora a ​guria ​tivesse apenas quatorze anos, ela percebeu: os sintom

O Vigia

O Vigia. Bruna e Samanta resolveram ir ao parque. Samanta não fica em casa. E Bruna tem um pai que é maníaco; ele um dia a abusou e em seguida enfiou­lhe o couro, quando estava bêbado. Ambas gostavam ao menos de ficar conversando e trocando ideias; ideias de garotas, sobre tamanho do sutiã, a cor da calcinha que excita um homem, algo sobre como um beijo pode ser tão especial quanto olhar uma estrela­cadente e fazer um pedido ou algo assim. Bruna conhecia Samanta desde os tempos de criança, quando tinha sete anos de idade. Nunca, entretanto, foram muito próximas, mas devido ao destino, na escola, no segundo ano do ensino médio se juntaram e as mútuas confianças foram se aflorando. — Por que não vamos ao Poliesportivo? — perguntou Samanta — lá terá uma festa e terá um monte de gatinhos para ficarmos doidinhas e sentirmos tesão suficiente para satisfazermo­nos; provocou. Bruna ficou vermelha de vergonha, embora tivesse intimidade suficiente com sua amiga mais próxima. Ela era totalmente d

O interrogador

— Na noite de ontem, o quão você ficou tão lerdo para conseguir desmaiar durante a festa de formatura em que a sua namorada estava participando e convidou­lhe? — Para ser sincero, eu não fiquei tão lerdo quanto vocês imaginam. Alguém colocou algo na minha bebida e daí, alguém veio por trás e me bateu. Eu caí e desmaiei, acho. — Você sabe quem? — Eu fui dopado e eu vou saber quem lá colocou alguma coisa na minha bebida? Pensa. Você quem é o interrogador — respondi. — Você sabia que ela estaria morta neste instante, não sabia? — E por que eu acreditaria nisso neste momento? — provoquei. — Porque eu tenho provas. — disse o estranho que estava do meu lado, sentado. Eu estava sentado na cadeira de ferro com as algemas peludas comprada em algum sex­shop; e qual afinal era o sentido de ser algemado em uma cadeira com algemas de sex­shop? Bom, isso não vem ao caso, mas enfim — ele mostrou as provas. Era horripilante, mas demonstrei­me frio diante da situação. Sua cabeça, quero dizer, a de Soph
À frente o Presidente da Câmara emitiu provas contundentes sobre o principal suspeito de propina que ali, julgado na cadeira marrom­rústica estava sentado. Aparentemente não havia quaisquer que sejam suas preocupações, tampouco seu olhar calmo e frio ponderava sobre os outros em pleno julgamento. Julgado diante do presidente, os senadores ainda opinavam à favor; os deputados contra; os desinteressados (de ambas as partes) deixavam tudo a empatar. Cada rato quieto diante da ratoeira. O suposto réu ainda olhava para a cara do Presidente, não por isso soltou: — Já ouviu o lema, não já? — Tantos...— respondeu — A quais você me refere? — A Justiça é cega. O então Presidente da Câmara danou­se a rir. — Meu histórico é tão límpido quanto o céu — o suspeito fez um sinal. Algo como um sim para alguém que estava sentado não muito distante da cadeira do Presidente. Em um instante as respectivas provas estavam ante a sua mesa. O Presidente ficou perplexo. Analisou­as com calma. Já havia quase três

Comando Cibernético

Comando Cibernético. — Até depois, amigas! — falou Isadora, despedindo­se de suas amigas após o soar do sinal. Sua sala era a penultima do corredor; da esquerda para a direita. Ela ajeitou os cabelos morenos e viu pelo d​isplay d​o celular, um GalaxyS6,​se o seu batom vermelho vivo estaria corretamente acessível e proporcional à sua boca. — Até amanhã — respondeu uma morena, acenando. Isadora estava carregando um fichário preto com coração dourado do lado esquerdo e da borda superior. Este tinha um pequeno detalhe, uma tênue linha vermelha, para detalhá­lo, provavelmente. Ela é filha de Don Bonaparte, uma grande pessoa com pequeno poder; que herdara, no entanto, algumas terras que seu pai conseguia adquirir . Don Bonaparte era uma pessoa passível e preguiçosa. Um ser barrigudo e baixinho, quase um anão, só não era porque media um metro e cinquenta. Vive jogado no sofá de couro que c o m p r a r a r e c e n t e m e n t e e m a l g u m s​i t e ​e s t r a n g e i r o . No caminho, ao nort

A cúpula

Havia tensão no olhar do Pai, que olhava para o filho preocupado e cabisbaixo. Era tudo tão informal e sem qualquer ligação com o mesmo. Até que, dificilmente, ao olhar nos olhos de Collins, seu primogênito, definitivamente começou a falar. — Desculpe, meu filho, tenho de lhe dizer. — O quê? — indagou Collins assustado. — Tudo bem, eu entendo seu lado, por você está tudo certo, mas para nós — ele se referia aos amigos, amigos de amigos e familiares — não está. E eu não aguento vê­lo assim, fechado, totalmente focado em apenas uma simples tela de computador. Você precisa ir a algum lugar, sair desse mofo, desse muquifo. Desse cubículo. O filho olhou frustrado para o pai, franzindo a testa. Coçou a parte de trás da orelha, passou a mão no cabelo e, desconfiado, também perguntou ao Pai o que, para ele, naquele instante, havia de errado com ele; e se certamente houvesse, havia de ter ajuda. — Você não enxerga o que enxergamos. Você não consegue raciocinar como raciocinamos. Estamos do lado

A CASA DOS ESPELHOS

A CASA DOS ESPELHOS. Os desenhos eram aparentemente desordenados, por qualquer coisa que tenha feito ou qualquer rabisco que na verdade todos achavam que eram rabiscos. A mãe, Cida, ao olhar seu filho, Marcos, de dezessete anos com problemas mentais por causa da genética quase aproximada com o pai, que na verdade é primo em primeiro grau da mesma, constatou quantidades excessivas de papéis rabiscados. Marcos, entretanto gostava muito de seus desenhos. Eram perfeitos (para ele, em sua visão). Contudo, em um pequeno momento, em que ele não poderia dar ouvidos (muitas vezes ele ficava totalmente agressivo quando chegavam perto dele para bisbilhotá-lo), Cida murmurou: —  Não podemos deixá-lo assim. Ele está enlouquecendo cada vez mais. E pôs a mão sobre a boca, roendo as unhas que havia pintado antes de ontem. O murmúrio foi ouvido pelo pai, que embora tenha, em sua parte, participação na geração, criação e educação ao filho, não ligara muito para seus consentimentos. Pestanejando; e

A CASA DOS ESPELHOS

A CASA DOS ESPELHOS. Os desenhos eram aparentemente desordenados, por qualquer coisa que tenha feito ou qualquer rabisco que na verdade todos achavam que eram rabiscos. A mãe, Cida, ao olhar seu filho, Marcos, de dezessete anos com problemas mentais por causa da genética quase aproximada com o pai, que na verdade é primo em primeiro grau da mesma, constatou quantidades excessivas de papéis rabiscados. Marcos, entretanto gostava muito de seus desenhos. Eram perfeitos (para ele, em sua visão). Contudo, em um pequeno momento, em que ele não poderia dar ouvidos (muitas vezes ele ficava totalmente agressivo quando chegavam perto dele para bisbilhotá-lo), Cida murmurou: —  Não podemos deixá-lo assim. Ele está enlouquecendo cada vez mais. E pôs a mão sobre a boca, roendo as unhas que havia pintado antes de ontem. O murmúrio foi ouvido pelo pai, que embora tenha, em sua parte, participação na geração, criação e educação ao filho, não ligara muito para seus consentimentos. Pestanejando; e

Parabéns,Cruzeiro

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Não poderia ser diferente. Durante o campeonato estadual, o Cruzeiro foi superior diante de todos – ou melhor,  quase – os  adversários em todas as partidas até então disputada. Vivendo em uma curva ascendente, contudo, o Atlético se superou e, eis que, com o  técnico interino,  Thiago  Larghi , melhorando o rendimento do time no decorrer dos jogos (e a Copa do Brasil explica isso muito bem), o time é apontado tanto pela mídia como alguns torcedores como favorito ao título de Campeão Mineiro.   Diferente não poderia ser. Afinal, quem ficou invicto e ganhou o primeiro clássico, aliás, foi Mano Menezes, cujo símbolo te  técnico copeiro  existe. Assim, se foi. Em um clássico, no Horto, casa do Atlético, vencido por 3x1 da equipe mandante, o Atlético foi superior, marcando 3x1 sobre o arquirrival. Mas será que o Atlético  esqueceu-se do  segundo jogo? A resposta pode ser um: “Parece que sim”.   Morno em campo, o jogo foi, de inicio, cadenciado, o que de fato foi. Bem no início