Comando Cibernético



Comando Cibernético.

— Até depois, amigas! — falou Isadora, despedindo­se de suas amigas após o soar do sinal. Sua sala era a penultima do corredor; da esquerda para a direita. Ela ajeitou os cabelos morenos e viu pelo d​isplay d​o celular, um GalaxyS6,​se o seu batom vermelho vivo estaria corretamente acessível e proporcional à sua boca.

— Até amanhã — respondeu uma morena, acenando.
Isadora estava carregando um fichário preto com coração dourado do lado esquerdo e da borda superior. Este tinha um pequeno detalhe, uma tênue linha vermelha, para detalhá­lo, provavelmente. Ela é filha de Don Bonaparte, uma grande pessoa com pequeno poder; que herdara, no entanto, algumas terras que seu pai conseguia adquirir .
Don Bonaparte era uma pessoa passível e preguiçosa. Um ser barrigudo e baixinho, quase um anão, só não era porque media um metro e cinquenta. Vive jogado no sofá de couro que
c o m p r a r a r e c e n t e m e n t e e m a l g u m s​i t e ​e s t r a n g e i r o .
No caminho, ao norte em que Isadora seguia, havia, anonimamente, câmeras espalhadas em visões panorâmicas. Cuidadosamente espalhadas e colocadas para vigiá­la. No momento, entretanto, ela estava vasculhando pasta por pasta, arquivo por arquivo e aplicativo por aplicativo. Era um dos celulares mais c​aros a​ssim também comos dos melhores que têm no mercado.
Suplicou e deu um pulo para trás. Havia escrito N​úmero Confidential​no d​isplay d​e seu Galaxy. Ela hesitou. Pensou. Não atendeu. Andou vinte metros, aproximadamente...E novamente o celular tocou.
Número Confidencial.
Ela atendeu.
— Pois não? — atendeu ela.
— Não diga nada. Apenas siga as instruções. Estou te vendo e tudo que você tentar fazer será considerado como uma infração gravissima e você morrerá com uma bala na cabeça. Agora ande dois metros e vire à primeira avenida.
— Quem é você? — perguntou ela
— Ali estará um celular descartável e desprezível. Ligue para este número atrás da bateria do celular que vou lhe passar; se não, você será bombardeada.
— Quem são vocês? Vocês querem dinheiro?
— Ligue agora.
— Eu tenho dinheiro, posso dar a quantia que você...
— Diga que eu preciso do código. Não te dei meu nome. Nem vou te dar. Apenas atenda­me. E obedeça­me. Diga ao remetente: Ele precisa do código e eles saberão o que falar..
— Mas quem são vocês! — replicou, exasperada
— Isso não vem ao caso — e a voz que se opõe a linha de Isadora desligou o eletrônico


Isadora assim fez.

Ela ligou para o tal número que estaria atrás da bateria. Outra pessoa atendeu. Parecia a voz daquelas secretárias eletrônicas da TIM que dizem que a ligação não poderia ser completada ou algo assim.
— Posso ajudá­la? — perguntou a mulher.

— E​le p​recisa do código.
Silêncio e o telefone foi passado a outro remetente. Um homem cuja voz estaria distorcida; talvez ele estivesse rouco ou poderia apenas estar usando um software capaz de distorcer a voz
n a h o r a d a l i g a ç ã o , c o m o f a z e m o s t r a b a l h a d o r e s q u e a d m i n i s t r a m u m r​e a l i t y s h o w .—M­9­S­0­F­1­T­4 — e desligou.
Exatamente sessenta segundos depois, o homem estranho cujo Isadora era observada ligou novamente (N​úmero Confidencial)​
— Diga­me o código — ordenou.
— M­9­S­0­F­1­T­4
O homem deu uma risada cínica.
— Ótimo.
— Mas porquê eu?
O homem riu de novo.
— Porque sei quem você é. E sei tudo sobre você. Você não é a única a ser vigiada. Seu pai, Don Bonaparte, também está sendo. E qualquer movimento brusco...bom, esta parte você já sabe.
— E quem é você? — Isadora mantinha uma voz fria, mas seu corpo demonstrava o contrário. Ela estava tão nervosa que daria para ter um ataque cardíaco a qualquer momento. Ela não estava, logicamente segura. E ainda por cima sendo vigiada? Quem se sente seguro sendo vigiado por tanto tempo.
— Onde ele está não tem câmeras, ele...— começou ela.
— Será mesmo? Nada? Você conhece o mundo real ou o mundo ilusório?
Silêncio.
— Foi o que eu pensei.
— Mas...
— Onde estamos, é o mundo real. E estamos em um interlúdio ao mesmo tempo. É um contraste. A Internet é o mundo ilusório e o mundo real é o mundo material, no qual vocês vivem.
— Então quem você é... Ou quem vocês são! — Isadora perguntou, irritadiça.
— Vocês verão em breve. Em alguns...vamos ver...10 minutos.
—...

A cidade parou. Todos pararam. Todos na rua. E todos os objetos tecnológicos começaram a entrar em pane.


No celular de Isadora havia algumas letras decifradas ou melhor, criptografadas, provavelmente pelo mesmo homem, dizendo: Você ativou, na cidade, o Comando Cibernético. E agora, temos um novo mandante: M​9­S­0­F­1­T­4

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