Parabéns,Cruzeiro
Não poderia ser diferente. Durante o campeonato estadual, o Cruzeiro foi superior diante de todos – ou melhor, quase – os adversários em todas as partidas até então disputada. Vivendo em uma curva ascendente, contudo, o Atlético se superou e, eis que, com o técnico interino, Thiago Larghi, melhorando o rendimento do time no decorrer dos jogos (e a Copa do Brasil explica isso muito bem), o time é apontado tanto pela mídia como alguns torcedores como favorito ao título de Campeão Mineiro.
Diferente não poderia ser. Afinal, quem ficou invicto e ganhou o primeiro clássico, aliás, foi Mano Menezes, cujo símbolo te técnico copeiro existe. Assim, se foi. Em um clássico, no Horto, casa do Atlético, vencido por 3x1 da equipe mandante, o Atlético foi superior, marcando 3x1 sobre o arquirrival. Mas será que o Atlético esqueceu-se do segundo jogo? A resposta pode ser um: “Parece que sim”.
Morno em campo, o jogo foi, de inicio, cadenciado, o que de fato foi. Bem no início do primeiro tempo, Arrascaeta abre o placar e joga uma ducha de água fria na cabeça de dez por cento dos alvinegros. No entanto, ainda haveria esperança, pois o time poderia perder pelo menos com um gol de diferença. O resultado colocaria o time celeste de volta ao favoritismo com tamanha confiança.
No segundo tempo, o viés foi outro. Tentando sair e com um a menos, o atlético é totalmente abalado, tomando o segundo gol, com Thiago Neves, enlouquecendo e fazendo ecoar o cântico nós, somos loucos, somos Cruzeiro. E o time celeste, enfim, Campeão Mineiro, definindo ali a supremacia celeste de dois gols de diferença devido à melhor campanha.
Parabéns, Cruzeiro! Campeão Mineiro após quatro anos!
Pergunta que não quer calar: O Atlético mereceu ganhar?
Digo que clássico é igual a Caixa de Pandora. Que só se sabe na hora que entra, e quando se abre tal caixa, não dá para voltar atrás. Mas, em definitivo, não – o Atlético não poderia ser favorito e sequer mereceu ganhar. Tentou armar a estratégia de vencer no contragolpe e cadenciar o jogo enquanto o Cruzeiro era mandante. Talvez fosse diferente se o jogo fosse à casa alvinegra. O Atlético escolheu a estratégia errada, na hora errada.
Influência arbitral?
Não somente em Minas, mas no Rio de Janeiro e São Paulo houve sim dúvidas em relação à arbitragem. E, confesso que como cronista e comentarista, houve influência arbitral. Alguns discordarão de mim, mas há quem não levará tanto ao pé da letra: O arbitro adicional, em Minas, avisou durante a expulsão de Otero, que deveria expulsar tanto o Egídio como o meia.
O Vasco – RJ - a certo modo foi influenciado e acabou com um à menos; enquanto o Galo Mineiro dois. Em São Paulo, Penalidade à favor do Palmeiras. Marcado e anulado pela pressão excessiva do Corinthians. Sim, creio que nesta visão, tais times (Palmeiras, Atlético e Vasco) foram prejudicados. Os demais (Corinthians, Cruzeiro e Botafogo), campeões.
E agora?
Diga-se de passagem, dizem que o “Estadual” é onde todos os torcedores se iludem com seus times. O Brasileirão, a Copa do Brasil; a Libertadores e a Sul Americana são “tira-provas” disso. O melhor consegue a classificação. Não adianta ter o melhor time sem o melhor elenco e; não adianta ter o melhor elenco e não ter o melhor time. Competições mais longas mostram quais times apontam favoritismo, desde que joguem a bola esperada.
O ano, para os atletas, apenas começou. Parabéns àqueles que se renderam ao estadual, mas ainda há água para rolar e, principalmente, bola para jogar!
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