O Antropólogo



O Antropólogo:

Era o som das rajadas de vento
Que os olhos dele admiravam
As cascas de maçã em suas mãos
E o suco de caixinha à beira dos lábios

Ele havia obedecido ao tempo
Nos dias de calor todos o agonizavam
São como os pedaços de comida deixados em vãos
E sua ação falada por todos por todos eram comentados

Deus do céu, não aguentarei isso Estou sendo julgado por todos os lados O quão impreciso sou para viver aqui Sendo este somente o meu único lugar?

Ele havia ido pescar; e havia lixo
E todos suprimentos gastos por todos; encubados Ah, deixe isso de lado. Não vou me interessar. Pensou dessa maneira. E tudo acumulou­se

A vara e o anzol ponderaram sobre a água E havia mais entulhos de surpresa
O desinteresse virou­se contra si
E sua surpresa ele teve.

Ao redor, arranha­céus
E onde estão as árvores
Que também arranhavam os céus?

As chuvas vieram, e levaram consigo Em tudo mais, o mau cheiro
Do Esgoto, do lixão.

O antropólogo; a sua ação Ele percebeu, coitado. Era tarde demais.


O antropólogo; a situação
O que houve com todos os peixes? O que houve com todo o resto?
E quem ou o que somos?

Ele ressentiu. Pensou. Sentiu. Tarde demais.

Tudo clareou. Ou escureceu.
As ideias. Os mares. Os pássaros. Acabou.

O antropólogo; sua ação.
O que houve conosco?
A resposta era retórica:
Nos transformamos em alienados
Nos regredimos. Somos primitivos.

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